O FM Towns Marty é um dos consoles mais obscuros da história dos videogames, lançado em 1993 pela Fujitsu. Apesar de ser uma máquina poderosa para a época, sua trajetória foi marcada por ambições frustradas e um mercado que não a acolheu.

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Como eu disse na introdução, o FM Towns Marty foi criado pela Fujitsu, uma gigante da tecnologia japonesa. Antes do Marty, a empresa já tinha uma linha de computadores pessoais que eram bem recebidos no Japão, especialmente por suas capacidades gráficas e de som. Com a popularização dos CD-ROMs, a Fujitsu decidiu criar um console que pudesse competir no mercado de jogos, simplificando a experiência de um PC para o ambiente familiar.

O que fez o Marty se destacar?

O Marty se destacou por ser o primeiro console a se autodenominar um sistema de 32 bits. Ele possuía um processador AMD 386SX, que era comum em PCs da época, e incluía um drive de CD-ROM e um slot para disquetes de 3,5 polegadas. Isso permitia que o console funcionasse quase como um PC, com suporte a periféricos como teclado e mouse.

Apesar de suas inovações, o FM Towns Marty não conseguiu conquistar o mercado. O preço de cerca de 700 dólares na época (equivalente a aproximadamente 1.375 dólares hoje) era um grande obstáculo. Para se ter uma ideia, com esse valor, era possível comprar um Super Nintendo e um Mega Drive, além de alguns jogos. Além disso, a marca FM Towns não era vista como atraente para o público jovem, sendo mais associada a computadores escolares.

A biblioteca de jogos

Embora o Marty não tenha vendido bem, sua biblioteca de jogos é notável. Entre os títulos, destacam-se:

Muscle Bomber: Uma versão superior de um jogo de luta que se destacou por sua jogabilidade fluida.
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Turbo Outrun: Um jogo de corrida que se beneficiou do hardware do Marty, oferecendo gráficos e música de qualidade superior.
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Splatterhouse: A melhor versão caseira desse clássico de terror, com gráficos e áudio que impressionavam.
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O legado do FM Towns Marty

O FM Towns Marty é hoje uma raridade entre colecionadores. Sua fragilidade e a dificuldade de encontrar unidades funcionais aumentaram seu valor no mercado. Além disso, a falta de proteção contra cópias permitiu que muitos jogadores experimentassem sua biblioteca de jogos sem pagar pelos mesmos, ou seja, a boa e velha pirataria.

O FM Towns Marty é um exemplo fascinante de como a ambição e a inovação podem não ser suficientes para garantir o sucesso comercial. Apesar de sua obscuridade, ele continua a ser uma peça importante na história dos videogames, lembrando-nos de que nem todo hardware avançado consegue conquistar o coração dos jogadores.

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